terça-feira, 21 de dezembro de 2010

23 - Apresentação "Novo Espírito do Capitalismo"

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O Novo espirito do capitalismo

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Todo o artigo apresenta-se como uma análise as transformações ao chamado "espirito do capitalismo" nos ultimos 30 anos, centrando-se num exemplo local. Contrasta-se a França do maio de 68 (e os dez anos seguintes) com a Decada de 90.

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Estamos todos conscientes do movimento estudantil que se gerou no Maio de 68 e nas implicações sociais que daí advêm.

Na decada de noventa, a unica manifestação de movimentos sociais era humanitárias. As greves diminuiram, e com elas uma nova aceitação favoravel ao capital, mais pessoas votavam e os bens manufacturados eram de qualidade. De um estado mais activo a nivel social, passou-se a uma actividade capitalista maioritária.

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Como mudou tanto em tão pouco tempo com tão pouca resistência?

O Espirito do Capitalismo mudou ao longo das últimas quatro década. Inclusive, não é dificíl observar grandes transformações a nível ideológico.

O que se pretendeu com este artigo foi, a partir do caso francês, que considerações poderemos tecer perante similares transformações no resto do mundo?

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O Conceito do Espirito do Capitalismo

Diz-se que o espirito do capitalismo é a ideologia que justifica o compromisso da sociedade ao capitalismo, e o que o torna atractivo.

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Existe um certo de Absurdo no Capitalismo. Aqueles que possuem pouco ou nenhum capital, fazem dinheiro na "venda do seu trabalho, invés da venda do fruto do seu trabalha. Há uma chamada "perda da esperança de se trabalhar sem sendo o subordinado de alguém".

A Critica ao Capitalismo é o catalista principal nas transformações do seu espirito.

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É impossivel ao capitalismo evitar estar orientado à obtenção do bem comum, motivando assim as pessoas ao seu processo. Mas o capitalismo é amoral, apenas capaz de acumular capital.

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Assim, o capitalismo precisa de inimigos, a modos de providenciar os pilares morais que faltariam ao capitalismo. O capitalismo provou-se mais robusto que muitos dos seus maiores críticos (Marx, por exemplo) alguma vez imaginou, encontrando sempre um certo "caminho da salvação" por entre as suas críticas, muitas vezes servindo-se delas.

Assim, o "espirito" é cental para o processo de acumulação de capital porque aplica limites ao mesmo processo, justificando-o. O espirito do capitalismo contem uma ordem de argumentos forte:

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1 - Um tipo de progesso que não pode ser disassociado pelo estado actual da tecnologia/economia;
2 - A Eficiência na produção motivada pela competição;
3 - O Capitalismo é um regime favorável às liberdades individuais, económicas e políticas.

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Ao analisar-se o background histórico do espirito do capitalismo, têm-se em conta três diferentes dimensões, que possuem um papel essencial ao possuir uma expressão concreta de analise ao espirito do capitalismo.
1 - Entusiasmo, a envolvência prometedora do capitalismo, que ajuda as pessoas a florescer, criando a motivação e a corrida da procura de emprego.
2 - Segurança, O capitalismo promove a segurança de todos os envolvidos, bem como aos seus descendentes.
3 - Justo, invoca a noção da justiça e da igualdade de oportunidade.

Visto a partir destas matrizes, podemos afirmar que o próprio espirito sofreu mudanças ao longo do tempo. Através da literatura, podemos discernir três mudanças no espirito do capitalismo:

A - A primeira, descrita por W. Sombart, corresponde a forma predominantemente domestica do capitalismo, o bourgeois empresário, o espirito empresarial. A dimensão de segurança na moralidade do burguês, os mecanismos do justo através da caridade pessoal e da assitencia.

B - A Segunda, descrita por Galbraith, foca-se da ideia da Grande Empresa, a encarnação do director salariado. Segurança no desenvolvimento da carreira, e justo através da meritocracia.

C - Começa-se a manifestar a partir dos anos 80, e é no seguinte em que o artigo se baseia.

(quadro das paginas 5-6)

Resumo:

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Utilizando-se um ensaio teorico de Luc Boltanski, feito para detectar as condições que tornam possiveis dizer se um distribuição de bens é legitima, definiu-se o conceito de "Cité", ordem legitimadas. Regimes baseados em principios diferentes de avaliação. O nome origina da era clássica e das suas filosofias políticas, com o objectivo de criar uma ordem com base no principio de justiça.

A partindo dos Cités, chegaram-se aos testes.

Ao conceber uma nova teoria para analisar a forma como as normas mudam, definiu-se dois diferentes modos de teste.

Testes de força e testes legitimos, que se relacionam entre si.

Tanto os testes como os Cités foram importantes ao longo do texto, atribuindo as dinâmicas da crítica nas intituições capitalistas com base nestes elementos.

(blah blah blah)

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O Papel da Crítica

Criticismo do capitalismo é tão antigo como o capitalismo. o capitalismo tem necessidade de justificação pela mesma razão que é criticado. Onde não há criticismo, não há necessidade de justificação. Assim foi desenvolvido duas formas de critica desde o seculo 19.
A primeira chamamos de "criticismo social". Enfase nas desigualdades, miséria, exploração e egoismo num mundo que estimula indivualismo inves de solidariedade. É o principal vector do movimento laboral.
A segunda chamamos de "criticismo artistico". Esta forma emergiu em pequenos circulos artisticos e intelectuais. Critica a dominação do mercado, a opressão, a massificação da sociedade, estandardização e comodidade persuasiva. Ideal de liberação e individualidade autonoma, singularidade e autentacidade.

A - De 65 a 75 - Um aumento significante no criticismo do capitalismo. O pico foi em 68, mas durou por um periodo de varios anos. Este criticismo ameaçou gerar uma crise no capitalismo. Nao eram apenas erupçoes orais, este criticsmo foi acompnhado por ondas de greves e violencia. Desorganizou produção ao ponto de diminuir a qualidade industrial. Havia criticismos levantados a todos os testes estabelecidos onde a legitimidade da ordem social era baseada.

As condiçoes sociais pioraram e trouxeram de volta o criticismo nos anos 90s. O criticismo e a sua renovação é aparente no campo do criticismo social. Esta renovação levanta a questao de como estes novos testes podem ser conduzidos e enraizados em novas regulaçoes - uma das maiores preocupações é a forma como a flexibilidade pode ser estruturada.

E nos dias de hoje?


Conclusão

No "The New Spirit of Capitalism", estudo que foi sumarisado neste artigo, tentamos oferecer uma interpretação para um movimento que começou logo depois do maio de 68 (quando o criticismo do capitalismo estava no auge), que durou ate aos anos 80 (quando as formas organizadoras do capitalismo estava a ter profundas modificações mesmo quando os criticos mantinham o silencio) e que levou na segunda metade dos anos 90 a muitas procuras das novas fundações do criticismo. o conceito do "espirito do capitalismo" é a chave neste estudo. Permite-nos a articular dinamicamente os outros dois conceitos centrais nos quais as nossas analises sao feitas: capitalismo e o criticismo.

A razão de os autores se terem baseado no caso Francês despoletado pelo Maio de 68 para exemplificar uma mudança global não foi uma presunção de que este exemplo pode recapitular todas as transformações que o capitalismo sofreu no mundo.

O objectivo foi construir um modelo de mudança que é baseado em análise pragmática, capazes de ter em conta as várias formas em que os individuos actuam, bem como as suas motivações e a significancia dos seus actos. Também se apresenta como uma resposta as aproximações e retratos imprecisos que são defendidos nas discussões do tema da globalização.

De qualquer modo, as tradições nacionais e situações politicas continuam a afectar as orientações de practicas económicas justificam o porque de as abordagens globais à questão do capitalismo tendem a atribuir um papel preponderante a factores explanatórios (normalmente tecnologicos, macro-economicos ou demograficos), como se fossem inevitáveis e incontroláveis.

É neste neo-darwinismo histórico que ocorrem "mutações", tal como nas especies. Somos igualmente obrigados à adaptação. A Humanidade cria a sua História, não se submete.

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